António Dias Rocha, presidente da câmara de Belmonte, não esconde que o município se sente honrado com esta decisão tomada pelos familiares de Mário Soares “para nós é uma honra passarmos a ter na nossa biblioteca alguns livros que ou foram escritos pelo Dr. Mário Soares ou que foram lidos por ele. Conseguem imaginar o que é estarmos a ler um livro que sabemos que foi lido por ele e o que isso representa? Espero muito sinceramente que os nossos jovens e todos aqueles que gostam da leitura se sintam entusiasmados com isso e eu, pela minha parte, confesso-vos que irei ter o privilégio de ir ter comigo um desses livros”.
João Soares sublinha que esta oferta representa o “cumprimento de uma professa” feita à autarquia de Belmonte quando o nome de Mário Soares foi perpetuado na toponímia daquela vila “que foi algo que muito nos sensibilizou”. Os livros agora entregues pertencem ao espólio da família Soares, mas não à biblioteca particular do antigo chefe de estado e de governo, que se vai manter indivisível “essa biblioteca particular queremos que fique intocada e nem eu nem a minha irmã vamos retirar nenhum livro à biblioteca que era dos nossos pais. Nós queremos que ela se mantenha indivisível onde quer que venha a estar no futuro. Sobre essa matéria ainda não há nenhuma decisão definitiva mas pretendemos que ela se mantenha una, num mesmo edifício e que possa ser utilizada pelo público e pelos leitores da nossa terra”.
Uma doação justificada pelo facto de a vila ter sido sempre um lugar de tolerância e liberdade e que deixa a instituição belmontense mais rica.
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