As escavações provam que afinal Centum Cellas é o que resta de uma villa romana. Foi residência de um nobre romano com grande poder económico e influência que ali residia com a sua família e criados. O seu nome era Caecilius de acordo com uma inscrição encontrada no local. Os seus rendimentos provinham da normal actividade agrícola, favorecida pela zona fértil em que Centum Cellas se encontra (perto da confluência da ribeira de Gaia com o Rio Zêzere) ,mas também da exploração do estanho, minério abundante na zona. A abundância de fragmentos de escória de estanho encontrada nas escavações demonstra-o. A comercialização do dito minério era facilitada pelo facto de a villa se encontrar junto a uma das mais importantes estradas romanas da Lusitânia: a que ligava Braga (Bracara Augusta) a Mérida (Emerita Augusta), a capital da província. Essa importante via, garantia o rápido e fácil escoamento do dito minério.
Nos finais do Séc. III, a villa foi parcialmente destruida por um incêndio. Acidental ou devido às revoltas ou conturbações sociais da época? Fica a dúvida. A destruição levou à readaptação de parte do edifício, que no entanto, terá mantido as mesmas funções.
Após finais Séc. IV\princípios do Séc. V, com o fim do domínio romano na Península Ibérica, Centum Cellas deixa de ser uma casa senhorial. No entanto terá continuado a ser utilizada pela população local embora para outros fins.
Durante a Idade Média, foi edificada nos limites da zona agora escavada uma capela datada dos Sécs. X ou XI da qual restam ainda alguns vestígios, bem como de algumas sepulturas do mesmo período.
Centum Cellas aparece depois referido como Centocelas em documentos a partir do Séc. XII. É o nome de uma das povoações existentes num território que D.Sancho I cedeu à Sé de Coimbra e é também a esta povoação que o bispo D.Pedro dá foral em 1194. Em 1199, D.Sancho, após acordo com o referido bispo, retira o poder municipal a Centocelas e dá foral a Belmonte por razões estratégicas, dando-lhe como limites territoriais os anteriormente estabelecidos para Centocelas.
Isto demonstra a existência de uma povoação de relativa importância dada a sua já referida proximidade à via romana Braga-Mérida, que continuava a ser usada. Esta povoação poderia eventualmente englobar também a torre. Pinho Leal, em 1874, embora atribuíndo a Centum Cellas o papel de "atalaia reedificada por D.Dinis", refere a sua fundação romana e a existência de uma pequena povoação em seu redor.
Todos estes factos, levam à conclusão de que a zona foi sendo continuamente habitada até aos nossos dias. Ainda hoje encontramos ocupação humana ao redor de Centum Cellas, neste caso, a aldeia de Colmeal da Torre, que como é óbvio, deve o seu nome ao monumento.
Nos finais do Séc. III, a villa foi parcialmente destruida por um incêndio. Acidental ou devido às revoltas ou conturbações sociais da época? Fica a dúvida. A destruição levou à readaptação de parte do edifício, que no entanto, terá mantido as mesmas funções.
Após finais Séc. IV\princípios do Séc. V, com o fim do domínio romano na Península Ibérica, Centum Cellas deixa de ser uma casa senhorial. No entanto terá continuado a ser utilizada pela população local embora para outros fins.
Durante a Idade Média, foi edificada nos limites da zona agora escavada uma capela datada dos Sécs. X ou XI da qual restam ainda alguns vestígios, bem como de algumas sepulturas do mesmo período.
Centum Cellas aparece depois referido como Centocelas em documentos a partir do Séc. XII. É o nome de uma das povoações existentes num território que D.Sancho I cedeu à Sé de Coimbra e é também a esta povoação que o bispo D.Pedro dá foral em 1194. Em 1199, D.Sancho, após acordo com o referido bispo, retira o poder municipal a Centocelas e dá foral a Belmonte por razões estratégicas, dando-lhe como limites territoriais os anteriormente estabelecidos para Centocelas.
Isto demonstra a existência de uma povoação de relativa importância dada a sua já referida proximidade à via romana Braga-Mérida, que continuava a ser usada. Esta povoação poderia eventualmente englobar também a torre. Pinho Leal, em 1874, embora atribuíndo a Centum Cellas o papel de "atalaia reedificada por D.Dinis", refere a sua fundação romana e a existência de uma pequena povoação em seu redor.
Todos estes factos, levam à conclusão de que a zona foi sendo continuamente habitada até aos nossos dias. Ainda hoje encontramos ocupação humana ao redor de Centum Cellas, neste caso, a aldeia de Colmeal da Torre, que como é óbvio, deve o seu nome ao monumento.
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